Essa monografia trata do processo de adoecimento no trabalho como consequência da precarização do labor, entendida no contexto dessa análise como produto do novo regime de acumulação do capital, o modelo flexível. Pretende-se estudar a particularidade de um frigorifico de peixe localizado na região de Araçatuba, que emprega preponderantemente mulheres, que vem adoecendo em ritmo crescente. A região estudada viveu, remotamente, um processo de arrendamento de terras, tornando o trabalho fabril única opção para os antigos trabalhadores rurais. Acredita-se que o mundo urbano é regido por outras técnicas corporais, diferentes das do mundo rural. A abrupta adaptação dessas trabalhadoras a essas novas referencias implicou no adoecimento. Pretende-se estudar as consequências pessoais provocadas pela categoria "invalidez", e o processo de demanda das mulheres adoecidas à seguros sociais garantidos pela Previdência Social. Acredita-se, ainda, que pensar trabalho implica em pensar na complexidade de sentidos que um individuo dota esse ato.
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