Vivemos uma falsa vida, construímos uma imagem que na realidade não corresponde ao que somos. Precisamos de nos parecer atraentes aos olhos de outros, perfeitos como se fossemos pequenos deuses. Na realidade não somos nada, pelo menos nada daquilo que queremos transparecer para a sociedade. Somos ainda seres cavernosos, com grutas escuras e cabelos desgrenhados. A bem da verdade só nos enganamos a nós mesmos, porque quando nos espremem o sumo somos frutos secos. Não temos uma pinga de liquidez. Não temos doce, nem sequer sabemos ao que quer que seja, porque somos rasos, vazios e ocos como o…mehr
Vivemos uma falsa vida, construímos uma imagem que na realidade não corresponde ao que somos. Precisamos de nos parecer atraentes aos olhos de outros, perfeitos como se fossemos pequenos deuses. Na realidade não somos nada, pelo menos nada daquilo que queremos transparecer para a sociedade. Somos ainda seres cavernosos, com grutas escuras e cabelos desgrenhados. A bem da verdade só nos enganamos a nós mesmos, porque quando nos espremem o sumo somos frutos secos. Não temos uma pinga de liquidez. Não temos doce, nem sequer sabemos ao que quer que seja, porque somos rasos, vazios e ocos como o espaço. Ainda assim contemos universos de beleza singela e pura como a matéria de que somos feitos, mas poluída pelo conceito de ser perfeito.Hinweis: Dieser Artikel kann nur an eine deutsche Lieferadresse ausgeliefert werden.
Nascido em Évora no ano de 1969, António Almas, revelou desde tenra idade o gosto pela leitura. Com particular interesse pela ficção e o ensaio, encontrou nos livros de Carl Sagan, H.G. Well, Isaac Asimov o fascínio pela ciência e pelo fantástico. Sempre envolvido em vários projectos na área do associativismo juvenil, a literatura acompanhou a sua caminhada, fazendo a ponte entre a azáfama do quotidiano e a tranquilidade do repouso. Em 1990 foi professor na EPRAL de Vila Viçosa, terra onde sempre residiu, e onde em conjunto com outros colegas leccionou disciplinas de um Curso de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas. Mais tarde foi presidente da Biblioteca Florbela Espanca. Em finais de 1999, decidiu começar a escrever alguns apontamentos, ideias e sensações que lhe despertavam os diversos temas, como a religião, o amor, ou os mitos urbanos. Esse caderno, chamado "Nós os marcianos", é hoje uma referência não publicada do início da sua escrita. Mas não seria no campo do realismo que viria a entregar as letras, a metáfora e a fantasia aliada aos sonhos abriram-lhe a porta para mundos criados por si, imagens e sabores, sentidos e emoções. 2005 marca o início de uma nova aventura, com a criação de um blogue. Nesse espaço nasceu um diário que aos poucos foi construindo, embalado pela paixão, escrevia, a coberto de um certo anonimato para alguém que, na maioria das vezes, não o lia. Texto após texto, criou um espaço que era visitado por vários leitores que o incentivavam também a escrever. Vinte e três anos após os seus primeiros passos na aventura da escrita e 13 anos depois do lançamento do seu primeiro livro "Diário de sonhos", António Almas tem hoje publicadas 43 obras, sendo que 20 delas já se encontram traduzidas para vários idiomas (Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, Grego e Hebraico).
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