Com a vitória de Lula nas eleições 2002, o PT e os tradicionais aliados (PC do B, PSB, CUT, UNE, MST, etc.) assumem pela primeira vez a tarefa de "ser governo" no âmbito federal. Embora o partido fosse a principal força política da gestão no Poder Executivo e no Congresso Nacional, a sigla despontou como um dos agentes que mais divergiram do governo Lula. De um lado, setores do PT cumprem o papel de protagonistas nas tensões com o governo. De outro lado, uma parte majoritária do partido faz a defesa da gestão e segue as orientações do Poder Executivo para as votações no Congresso Nacional. Essa dinâmica de conflitos entre PT e governo Lula (2003-2006) constitui o objeto de estudo deste livro. Busca-se entender as razões dos conflitos entre esses agentes. Para além da disputa entre projetos e perspectivas ideológicas, os conflitos entre petistas e governo expressavam também os distintos parâmetros de ação que orientavam a esquerda petista e o grupo dominante no interior da sigla. Esta obra apresenta uma perspectiva de análise útil para qualquer interessado nos meandros do cenário político brasileiro.