Vivemos em permanente contato comunicativo, relação natural e complexa, de diálogos e virtuálogos. A aproximação dialógica é parte essencial de nossa vida mental e em sociedade ¿ fato que Aristóteles já observava ¿ e é um processo sofisticado: junto com conteúdos verdadeiros, falsos ou verossímeis, meios e formas, ela envolve tendências inatas, padrões cognitivos e critérios socialmente internalizados ou aprendidos. Ao se estabelecer, a comunicação 2.0, o diálogo virtual, redimensionou nossa conexão indispensável: a interação 'per se' maximizou-se como o objetivo central, e a rede, o espaço de conexões, tornou-se o local oportuno de iniciar, manter, terminar e redefinir contatos. Antes, tínhamos acesso aos meios, "nossas extensões", agora estamos neles. A metáfora da nuvem revela o alcance da rede. E esse quadro remete não somente ao uso de linguagens, mas também à atual agenda teórico-científica da linguagem. Há uma intersecção de fundamentos e métodos em que se visa impactar, assimetricamente, todas as áreas envolvidas. Uma metodologia compatível com esses objetivos passa a ser requerida, e é aqui representada pela proposta da Metateoria das Interfaces, de Jorge Campos da Costa.