O papel da estrutura genética das populações na formação da sua dinâmica populacional tem sido analisado num grande número de estudos. Na Natureza, os estudos foram realizados principalmente sobre roedores; no laboratório, sobre artrópodes. Estes estudos deram origem a ideias sobre a capacidade das populações de auto-regular os seus números; sobre o envolvimento da estrutura genotípica neste processo; sobre a presença de polimorfismo genético no carácter da resposta dos genótipos às mudanças na densidade populacional e a diferente capacidade de regular números inerentes a populações geneticamente diferentes. A maioria dos trabalhos realizados sobre os insectos concentra-se na análise da fase imaginária de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a dependência da estrutura populacional na fase imaginal em relação à fase anterior é evidente, e o papel do controlo da dinâmica populacional em insectos com completa transformação devido à competição larvar é um facto bem conhecido. Para a exaustividade das ideias sobre o controlo da dinâmica populacional dos insectos a partir da sua estrutura genética, é importante realizar um estudo abrangente, tendo em conta tanto o seu polimorfismo hereditário sobre o tipo de resposta dos indivíduos à sobrepopulação como as características das alterações no número em certas fases da ontogénese.