A investigação revela que existem 15 a 20 milhões de ciganos na Europa. Trata-se de um povo sem pátria. Muitos destes ciganos viviam nos países da Europa Central e Oriental, que faziam parte da URSS, onde a política de assimilação era forte. No Bloco de Leste, a assimilação significava também favorecer a mudança de nome. O comunismo queria erradicar o nomadismo e promover a "sedentarização", construindo bairros inteiros para as massas populares. Por exemplo, em Budapeste, a cidade velha foifoi preservada e é na periferia que foram construídos grandes blocos de edifíciospara as massas populares, incluindo os ciganos. O seu modo de vida em caravana,sem morada fixa, teve de desaparecer, porque, no comunismo, o cartão de trabalhotinha de controlar as massas trabalhadoras e permitir a localização de todas as pessoas.A assimilação forçada ainda lhes permitia ter um emprego. A língua cigana também eraconsiderada arcaica. Os ciganos eram vistos, na maior parte das vezes, como analfabetos e inadaptados ànova ordem económica, política e social. Esta investigação fala da sua cultura, da sua identidade e língua a preservar, da dificuldade de viver com pessoas não ciganas, mas também das dificuldades de integração... e da música.