Neste estudo abordamos a utilização da mise en scène no âmbito do cinema documentário, através da análise de três filmes que marcaram a história do cinema não-ficcional, sendo eles: Las Hurdes, tierra sin pan (Luís Buñuel, 1933), Les maîtres fous (Jean Rouch, 1955) e Vremena Goda (Artavazd Peleshian, 1975). Para suprirmos às carências e ambiguidades que permeiam as categorias aqui utilizadas (documentário, mise en scène e representação fílmica), fomos impelidos pelas circunstâncias a começarmos por uma busca conceitual plural e interdisciplinar, procurando auxílio nos campos da teoria do cinema e naquela do documentário, na teoria sociológica e antropológica, naquela da comunicação social e ainda, na semiótica da imagem cinematográfica. Foi a partir destes aprofundamentos que aproximamos o objeto de estudo, procurando dialogar tanto com autores da teoria do cinema, como também, com cineastas que, ao debruçar-se sobre a sétima arte, introduziram conceitos complementares àqueles retratados neste trabalho acadêmico. Enxergamos, pois, a mise en scène como uma articulação multi-conceitual e uma práxis fílmica igualmente complexa e heterogênea.
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