Este trabalho explora a evolução do planeamento nacional no Brasil e no México durante 90 anos através de um modelo conceptual das relações entre os seres humanos, a sua organização social, política e económica, a sua tecnologia, o seu ambiente e a sua cultura. Enquanto que a industrialização inicial de substituição de importações nestes países se concentrou demasiado em locais específicos, a industrialização posterior, liderada pelas exportações, só tem atendido ao mercado global. O primeiro estava mais atento ao ambiente imediato, enquanto o segundo está mais atento à ecologia mundial. Nenhum dos dois foi considerado cultura. Contudo, a conceptualização dos processos de planeamento nacional deve simultaneamente reconhecer as dinâmicas da economia, ambiente e cultura à escala comunitária, regional, nacional, continental e global. Depois de promover durante muito tempo a busca positivista da ordem política e o sonho do progresso económico, os processos de planeamento nacional do Brasil e do México reconhecem e incorporam agora uma atenção paralela ao ambiente e à cultura. A atenção ao ambiente oferece ao mundo, incluindo os seres humanos, a esperança de uma existência contínua. A atenção à cultura infunde com significado essa esperança de existência continuada.