Este livro é fruto de uma dissertação de mestrado que buscou analisar o romance ilustrado A misteriosa chama da rainha Loana, de 2004, de Umberto Eco. A partir dos estudos sobre memória e identidade, dentro da obra, traça um panorama da construção da narrativa de Eco e seus desdobramentos no plano do conteúdo, observando as peculiaridades da construção do tempo-espaço e do narrador-personagem e, desta forma, encontra um paralelo da história desta com a história da composição da identidade italiana. Aborda os temas da Segunda Guerra Mundial e sua influência na construção do ideário italiano, bem como a influência da Pop Art na construção da narrativa, que se relaciona com a época em que esta remonta, além de traçar uma linha confluente entre os conceitos de memória individual, memória coletiva e memória vegetal, sendo este último um conceito do próprio autor do romance. O que esta análise propõe é a confirmação da relação entre autor, obra e leitor, sendo esses os componentes da pirâmide narrativa que confere à obra seu sentido completo. Dessa forma, constata-se a relativização da interpretação de um texto literário, sendo esta uma das análises possíveis desse tão rico romance.