Até os anos de 1950/60 na Amazônia brasileira, a representação que a sociedade tinha da educação escolar era a de símbolo pessoal de erudição e de distinção social, partilhado por um número muito reduzido de pessoas. Não era, portanto, um bem imaterial coletivo. Mas, esse antigo e raro símbolo diferenciador de pessoas e de pertencimento a uma determinada classe social, antes mesmo do final do século já era reconhecido como um direito humano fundamental e, ao mesmo tempo, como um dever inarredável de Estado. E nessas duas condições, a Educação Básica foi inscrita no sistema jurídico nacional. A sociedade civil lutou durante a ditadura militar e continua lutando para garantir e alargar direitos na educação. Com isto, políticas públicas nacionais importantes foram estabelecidas, mas, o Estado não consegue materializar seu dever de proporcionar uma educação de qualidade por meio das políticas públicas que aplica, ficando a região em situação de inferioridade frente às demais regiões brasileiras. E, somente a educação de qualidade tem o dom de se converter em capital social. O livro se destina a pessoas interessadas em políticas educacionais, cultura e educação no Brasil e na Amazônia.