Este trabalho resulta de uma pesquisa de doutorado que teve como objeto de investigação o Programa Nacional de Inclusão de Jovens - PROJOVEM Urbano - em unidades penais do Estado do Rio de Janeiro. Tendo como foco as políticas públicas que visam à efetivação do direito à educação nas prisões, o estudo apresenta as ações governamentais implementadas a partir de 2005, destacando como principais conquistas desse período a definição de Diretrizes Nacionais para Educação em Prisões e o reconhecimento dos indivíduos privados de liberdade como sujeitos de direitos e público potencial das ações e políticas educacionais que levam em consideração a diversidade e a inclusão. Ao mesmo tempo aponta para as contradições que fundamentam a execução destas políticas e fazem com que elas se tornem, em alguns casos, inexequíveis, ou quando postas em prática não levam em consideração a complexidade do espaço prisional e as especificidades de seu público. No que tange às políticas de juventude que visam ao atendimento da população jovem excluída, o estudo revela que os programas e projetos que contemplam a população privada de liberdade são ainda tímidos e muitos não chegam sequer a sair do papel.