Debruçamos nosso olhar nos pontos de convergência entre Literatura, Educação e Psicanálise, sob o viés dos pontos de identificação entre leitor/criança e literatura. Exercitando o faz de conta a criança descobre soluções novas para seus dramas existenciais. Assim, encontra o prazer ¿ aqui no sentido freudiano ¿, que permite que extrapole o universo concreto que a rodeia e adentre no universo do imaginário e do simbólico. A literatura é espaço para se ampliar o mundo simbólico no imaginário, este, espaço em que a realidade textual se faz aparecer pela linguagem, mas que também é a própria linguagem, e se dá, não na interioridade(o dentro) e nem fora(mundo externo), mas no espaço intermediário entre os dois que, portanto, será ocupado infinitamente pelo ato de criar. Partindo dessas premissas vislumbramos a importância de que o aluno torne-se ativo no fazer literário, criando um ponto de identificação entre ele e a obra, pois trabalhar com a imaginação/lúdico é trabalhar dentro do universo do fazer artístico, do criar, o que implica tornar-se agente, tornar-se sujeito; afinal a palavra criar é inseparável da palavra criança, pois para ser criança necessário criar, ou seja: criançar.