Em resposta ao corte de recursos promovido pelo Estado Neoliberal brasileiro para a política de educação, os movimentos sociais incorporaram como pauta de suas reivindicações a falta de direitos das chamadas minorias, historicamente excluídas por raça, gênero, sexualidade e classe. Como desdobramento desta atuação dos movimentos sociais, em 2001, após a Conferência de Durban contra a Xenofobia e o Racismo Mundial, começaram a serem adotadas no Brasil as políticas de ações afirmativas. Em 2003, a UERJ foi pioneira na adoção das ações afirmativas, tendo as cotas como critério no vestibular para a reserva de vagas destinadas aos grupos étnicos e sociais excluídos por raça e classe. A universidade assumiu o papel básico no processo da construção do conhecimento e da qualificação profissional para as demandas do capital e do mercado, porém com a precarização do trabalho, o estudante que conclui o ensino superior passa a viver as incertezas de alcançar uma boa colocação na profissão escolhida. E para os estudantes egressos por cotas, essa situação tenderia a ser acirrada? Que trajetórias sociais vivenciam estes jovens profissionais na difícil dinâmica de inserção no mercado de trabalho?
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