Considerando que a natureza é a base necessária e indispensável da economia moderna, bem como da vida das gerações futuras, a sustentabilidade deve conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente. Nesse contexto, a carcinicultura, técnica de criação de camarões em cativeiro, é um cultivo aquático, que vem sendo desenvolvido atualmente, em vários países do mundo. A carcinicultura marinha, além de representar uma alternativa para o atendimento da crescente demanda mundial por camarões, vem se constituindo numa importante atividade sócio econômica, cujos efeitos positivos e negativos têm se refletido sobremaneira nas regiões de sua implantação, dentre as quais destacam-se as regiões de manguezais. Diante disso e tendo em vista os três pilares que embasam o desenvolvimento sustentável: economicamente eficiente, ambientalmente prudente e socialmente justo, bem como as opiniões favoráveis e desfavoráveis em relação à carcinicultura, foi realizada no presente trabalho uma caracterização sócio-ambiental dessa atividade, identificando os danos causados e os possíveis reflexos de melhoria na qualidade de vida da comunidade envolvida por esse ramo de atividade.