O espaço sócio-político do Burundi continua a ser um terreno fértil para identidades divergentes, tendo em conta o seu passado histórico: o período monárquico foi isento de conflitos políticos e étnicos e houve homogeneidade e coesão social, uma pura contradição em comparação com os anos de 1965, 1972, 1988 e 1993, que se caracterizaram por divisões sociais. Perguntamo-nos como é que a sociedade burundiana, homogénea em termos de cultura e de língua, desenvolveu uma categorização identitária e como é que a coabitação dos burundianos não congelou memórias e frustrações irritantes que poderiam conduzir à violência política. Este projeto centra-se na elite política, na mobilização identitária (etnicidade) e na violência no Burundi, onde a mobilização política se baseia na identidade étnica, que emerge com exigências políticas ao ponto de minar as estruturas sociais. A estratégia dos actores políticos traduz-se na exacerbação dos conflitos étnicos e na dicotomização das relações sociais. A estratégia dominante dos actores é a de exumar memórias dolorosas capazes de irritar as massas.
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