Vivemos, hoje, uma enorme evasão síria em função da guerra que se prolonga faz quatro anos. Vários são os países que desejam fechar suas fronteiras haja vista o que vem acontecendo em alguns países europeus. Não sem razão, esta população, não bastasse o sofrimento que o conflito armado traz, vem sofrendo dificuldades de aceitação nos deslocamentos impostos pelo próprio conflito, notadamente, os deslocamentos externos. Verifica-se um grande número de pedidos de refúgio por todas as partes. Sendo o Brasil signatário da Declaração Universal dos Direitos Humanos e, também, entendendo, mais especificamente, que o Direito Humanitário atua no processo de acolhimento da população desterritorializada pelos conflitos armados, o presente trabalho busca investigar se o Brasil, especialmente, a cidade do Rio de Janeiro pode vir a ser uma cidade acolhedora, não somente aceitando, mas quiça, oferecer asilo para os sírios que necessitam, sobremaneira, buscar a reterretorialização física e subjetiva, num processo inequívoco de reconstrução de identidades.