Esta livro trata de identificar as conexões teóricas entre a formação profissional e o discurso militar no Brasil durante o século XIX, a partir da análise do pensamento de oficiais do Exercito, particularmente de representantes do corpo de engenheiros. Até 1850, quando o então ministro da Guerra Manoel Felizardo de Souza e Mello alterou os mecanismos para promoções da oficialidade, a formação militar acadêmica não era requisito para se ascender na carreira das armas. Por outro lado, a Escola Militar, desde sua criação em 1811, era a responsável pela instrução dos corpos científicos do Exército: os artilheiros e os engenheiros. São analisados os pressupostos para a criação da Escola Militar com o objetivo de ilustrar a sua estrutura curricular influenciada pelo iluminismo português. Atrelado ao estudo desta instituição está o resultado da investigação de documentos referentes aos militares que nela se formaram, assim como àqueles responsáveis pela sua manutenção. São analisadas as falas de egressos da Escola Militar, representadas por diferentes formas de discurso.