O presente material é fruto de uma experiência desenvolvida com duas turmas de 5º ano de uma escola pública municipal. A escola apresentava um sério problema de reverberação acústica. A autora, trabalhando com formação continuada com professores no local, desafiou aos professores a problematizar a situação e transformá-la em conteúdo curricular. Duas professoras se propuseram a encarar o desafio. A surpresa ficou por conta do protagonismo das crianças na apropriação das noções de Física e Química. Soma-se a isso, as iniciativas e os procedimentos durante o processo com a participação da comunidade local na busca de ferramentas tecnológicas junto ao Instituto Tecnológico da Universidade Federal do Espírito Santo/ITUFES. Isso possibilitou verificação das hipóteses levantadas pelas crianças de que o barulho estava acima do que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS). Todo processo resultou no revestimento acústico na escola pela Prefeitura. Observa-se neste processo caso de Alfabetização Científica para formação da Cidadania, onde tem-se a realidade social como ponto de partida e sua transformação como de chegada, conforme ensina Paulo Freire (1921-1997).