O Ensino de História tem sido objeto de várias pesquisas e tema central de estudos que visam analisar e ressignificar sua prática. A presente pesquisa se insere nesse contexto e tem como objetivo investigar as apropriações que os professores de história fizeram e fazem dos Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como seu emprego a elaboração do saber histórico escolar. Busquei identificar no decorrer do processo as burlas e táticas de que os professores lançam mão na elaboração de suas práticas que se concretizam dentro de um contexto marcado por relações de poder nem sempre identificáveis pelos sujeitos envolvidos. Para tento fundamentei-me no campo da História Cultural, bem como nos estudos de Roger Chartier e Michel de Certeau. Através dos entrelaçamentos dos estudos teóricos e a pesquisa de campo em escolas que representavam s mais variados contextos, pude concluir que os professores ressignificaram a proposta do documento em questão, apropriando-se, para efetivar essa proposta em seu fazer cotidiano, somente do que lhes convinha em função de seu contexto, de sua formação e de sua estrutura de trabalho, fazendo valer no cotidiano escolar suas atribuições de sentido.