A anemia falciforme é uma doença que tem implicações diretas no ambiente vascular devido a polimerização da hemoglobina S no interior do eritrócito, tornando-os falcizados e rígidos. Os dois principais fenômenos que ocorrem na AF, a hemólise intravascular e vaso-oclusão geram perturbações na vasculatura desses pacientes sendo responsáveis por uma série de complicações clínicas. Entretanto, a vaso-oclusão é fator determinante na evolução clínica, pois o endotélio é responsável pela homeostase vascular, e qualquer fator que possa perturbar o equilíbrio, como os eritrócitos falcêmicos que ocluem os vasos, desencadeiam uma cascata de eventos fisiopatológicos. Diante disso, nosso objetivo foi investigar a influência de polimorfismos genéticos que estão envolvidos direta ou indiretamente nos processos vaso-oclusivos, sobre a variabilidade clínica da anemia falciforme.