Analisamos nesta obra, à luz da semiótica francesa, as relações entre enunciação e memória em crônicas de Milton Hatoum. Selecionamos, para tal, "Flores secas do cerrado", "Um ilustre refugiado político" e "Exílio" que foram publicadas pelo autor em jornais e revistas de grande circulação a partir de 2003, e reescritas para a edição do livro Um solitário à espreita (2013). Utilizamos os pressupostos teóricos da semiótica francesa para refletir sobre as relações entre memória de acontecimentos históricos e sua reconstrução estética na instância da enunciação enunciada.