Os escorpiões são dos animais mais antigos, tendo sobrevivido durante cerca de 400 milhões de anos. O veneno do escorpião contém uma grande variedade de componentes biologicamente activos que têm grande valor na investigação teórica e aplicada. No Egipto, as espécies registadas encontradas foram: Androctonus bicolor, A. australis, A. amoreuxi, A.crassicauda, Leiurus quinquestriatus, Buthacus arenicola, Orthochirus innesi e Scorpio maurus palmatus. A análise proteómica dos componentes do veneno pode produzir uma impressão digital valiosa que pode ser utilizada como uma ferramenta de referência útil em taxonomia e como um método complementar à morfologia e à caraterização comportamental para a identificação de espécies e classificação de espécimes relacionados. O conteúdo total de proteínas teve o valor mais alto nos venenos de L. quinquestriatus, A. amoreuxi e A. australis. O escorpião egípcio L. quinquestriatus tem um efeito antimicrobiano em algumas estirpes microbianas. A DL50 do veneno do mesmo escorpião foi de 0,2µg/g de peso corporal para machos adultos. A citotoxicidade e a apoptose, bem como a alergia induzida pelo efeito do veneno de escorpião, foram avaliadas através da medição dos níveis de IgE, LDH e CASP3 no soro de ratinhos albinos machos após 24 horas de injeção IP de doses subletais.