Propomos uma reflexão acerca dessa relação tridimensional que pensamos ser naturalmente intrínseca à narrativa hermiliana - escrita de si, memória e testemunho - a partir de Margem das lembranças. Nosso fio condutor: a linguagem. O sujeito que se narra, recria-se através da linguagem; aquele que se propõe a reconstituir suas próprias memórias, não o poderá fazê-lo senão através da linguagem; da mesma forma, aquele que testemunha. Qual seja, a linguagem do narrador Borba, configura-se em nosso material maior na medida em que é através dela que teremos acesso a suas memórias e testemunhos. Esperamos, dessa forma, a partir de uma análise que partirá da teoria literária e seguirá pelos caminhos da história e da filosofia, compreender as relações entre a memória e a escrita de si na obra ficcional/memorialista hermiliana, bem como refletir sobre essa literatura que se constitui de memórias e que ganha materialização através da linguagem do sujeito que aí se constrói.
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