Através deste trabalho se pretende estudar a participação da azulejaria de Cândido Portinari na arquitetura modernista brasileira das décadas de 1930 e 1940, buscando entender como ela participou da realização da ambiência dos espaços construídos, concretizou as exigências psicológicas e artísticas dos ambientes e contribuiu para a especificidade desta arquitetura. Foram selecionados dois edifícios emblemáticos à afirmação do modernismo no Brasil: o edifício do Ministério de Educação e Saúde (atual Palácio Capanema), por ser o marco inicial do debate em torno do espaço moderno e a Igreja da Pampulha, por ser um exemplo emblemático onde as artes plásticas foram utilizadas como elementos indissociáveis do espaço construído, praticamente assumindo o papel superlativo. Relacionando-os às questões: Em que medida as artes visuais participaram da legitimação do discurso do modernismo arquitetônico? Em que se somam o espaço pictórico de Portinari e o espaço arquitetônico modernista nacional da década de 1930-40? Qual a relação entre eles, entendendo a arquitetura como arte geradora de determinadas ambiências programáticas?