Convicto de que existem muitas respostas para o problema fundamental da morte, e este é estudado por várias Ciências, é preciso levar em consideração que o homem é que tem consciência dessa marca inexorável que perpassa a sua existência. Por isso mesmo ela constitui um enigma, os enigmas, constituem, por assim dizer, uma linguagem da transcendência, que chega ao ser humano como linguagem de sua própria criação. A sociedade pós-moderna tem suas estruturas fundadas na lógica do imediatismo, hedonismo, consumismo bem como no fascínio estético que torna uma sociedade alicerçada no espetáculo, este não dá subsídios que permitam o homem distinguir o que é real do que é irreal, deste modo, constitui-se um indivíduo que se imagina eterno e a morte é por assim dizer uma traição, pois fascinado pelo imediatismo, e por todos os padrões espetaculares, porém superficiais que lhe são oferecidos, é incapaz de lidar com seus problemas existenciais. Assim é preciso também um questionamento a respeito da morte e sua possibilidade de significado para a vida, pois, se a morte abruptamente interrompe os sonhos e também o anseio de eternidade, pode a vida ser desvalorizada?