A violência de gênero é um problema frequente e de sérias consequências, englobando contextos socioculturais e psicológicos de todos os envolvidos. Atualmente, vêm emergindo com maior força movimentos relacionados a reconhecer a mulher como um ser forte, autônomo e capaz de exercer poder sobre sua vida, deixando de lado o estigma de mulher passiva, frágil e dependente. Assim, a prática de artes marciais pelo público feminino vem crescendo, mostrando-se como uma atividade que pode refletir positivamente na saúde mental das praticantes. Dessa forma, o presente trabalho objetivou verificar a percepção de mulheres que praticam artes marciais quanto ao seu empoderamento para enfrentar situações de violência de gênero na sociedade. Como procedimento para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas com algumas praticantes de artes marciais. Depois de analisadas as categorias que emergiram, foi possível depreender que as artes marciais podem funcionar como um instrumento capaz de promover um sentimento de autoconfiança e empoderamento nas mulheres, reverberando positivamente na saúde mental das mesmas.