Desde os anos setenta do século XX, a qualidade dos Recursos Humanos (RH) foi apresentada como a variável determinante do excepcional desempenho das empresas japonesas. De fato, desde aquela década, as empresas japonesas estavam se tornando muito competitivas com empresas americanas e européias, apesar da observação cuidadosa dessas empresas ter mostrado que elas não tinham recursos naturais, nem fatores de produção mais baratos, nem uma organização particularmente diferente, nem estratégias engenhosas em comparação com seus concorrentes. Assim, Athos e Pascal tinham considerado que as empresas japonesas tinham uma vantagem que estava cruelmente ausente nas empresas ocidentais: as empresas japonesas dotaram os seus empregados de uma espécie de alma extra. Estes dois autores, analisando um conjunto de costumes ancorados nos costumes e, especialmente, fazendo parte da cultura organizacional japonesa, afirmaram que os valores que tinham qualificado como "quadro espiritual" ou "arma secreta" estavam criando objetivos mais elevados que permitiam conciliar o propósito da empresa.