No mundo globalizado tem-se percebido uma preocupação, cada vez maior, das organizações, para com a saúde e o bem-estar dos seus colaboradores, em função dos malefícios do estresse ocupacional, que se tornou um problema significativo e preocupante. As consequências do estresse ocupacional podem afetar tanto as organizações como os indivíduos, inclusive no que se refere ao direcionamento de suas carreiras. Em relação à carreira médica, observa-se que os profissionais atuam, hoje, em um contexto de modernização da saúde, o que provoca um declínio da prática liberal e direciona este profissional para o trabalho assalariado, no qual fica submetido às mesmas condições dos demais trabalhadores no mercado de trabalho capitalista moderno. Esta obra procurou estudar o estresse ocupacional relacionado ao exercício da Medicina em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), buscando analisar os fatores de pressão no trabalho e sua relação com o comprometimento com a carreira, entre outros aspectos. Os resultados indicam que os médicos pesquisados, de modo geral, são muito comprometidos com a carreira, principalmente no que se refere à identidade e à resiliência.