As normativas cefalométricas utilizadas para a avaliação do terço inferior da face, quando aplicadas a pacientes com padrões de desenvolvimento diferentes daqueles estabelecidos como normais, podem dificultar o diagnóstico e tratamento de pacientes que necessitam de terapia ortodôntica. Com o propósito de analisar cefalometricamente, em telerradiografias, a real participação dos componentes maxilar, mandibular e dentoalveolar superior e inferior na composição da altura facial ântero-inferior, foram utilizadas 40 telerradiografias de uma amostra composta por pacientes com más oclusões de Classe I e Classe II de Angle, com idade variando entre 18 e 28 anos de idade, sem terem sido submetidos a tratamento ortodôntico prévio e com a medida AFAI variando entre 45mm e 80mm e ANB variando entre 0º e 8º. Concluiu-se que os componentes dentoalveolar e ósseo estão interligados na composição da AFAI, de modo que, na deficiência de um e/ou de outro, a má oclusão se expressa em sentido vertical.