A Guatteria citriodora é uma espécie amazônica conhecida popularmente como laranjinha. Não há registro de uso medicinal, mas é difundida a informação do bem-estar produzido pelo chá de suas folhas, consumido no dia a dia das populações do interior do município de Maués (AM). A pesquisa realizou uma investigação do potencial químico e biológico dos extratos das folhas, cascas e galhos finos dessa espécie. Os resultados dos testes antibacterianos revelando moderada atividade das frações alcaloídicas frente à bactéria patogênica Enterococcus faecalis foram promissores tendo em vista a resistência dessas bactérias aos antibióticos do mercado. Os testes biológicos confirmaram o potencial antiplasmódico da espécie contra Plasmodium falciparum, observando-se maior atividade para os galhos finos, o que pode ser associado à presença dos alcaloides do tipo protoberberínico e derivados fenólicos de alcaloides. Estes dados estimulam a intensificação das investigações das atividades dos constituintes alcaloídicos, ensaios in vivo e estudos da relação estrutura/atividade, com vistas a descobertas de novos agentes terapêuticos antimaláricos e antimicrobianos.