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No contexto africano e na linguagem utilizada, a rapariga é preparada para compreender que a mulher é feita para a procriação e a manutenção do lar. Em nome da maternidade e de tudo o que ela implica em termos de encargos, as mulheres são condenadas a cozinhar, limpar e lavar a roupa dos seus maridos e netos. Torna-se assim uma escrava voluntária numa sociedade onde os avatares da opinião comum são transmitidos de geração em geração. Daí resultam estereótipos linguísticos que tendem a manter as mulheres num complexo de inferioridade e submissão. O objetivo deste livro não é combater a tradição…mehr

Produktbeschreibung
No contexto africano e na linguagem utilizada, a rapariga é preparada para compreender que a mulher é feita para a procriação e a manutenção do lar. Em nome da maternidade e de tudo o que ela implica em termos de encargos, as mulheres são condenadas a cozinhar, limpar e lavar a roupa dos seus maridos e netos. Torna-se assim uma escrava voluntária numa sociedade onde os avatares da opinião comum são transmitidos de geração em geração. Daí resultam estereótipos linguísticos que tendem a manter as mulheres num complexo de inferioridade e submissão. O objetivo deste livro não é combater a tradição nem propor uma inversão de papéis nas relações entre homens e mulheres. Ele toma em consideração, através do caso do Burundi, as ideias preconcebidas que circulam na linguagem sobre a inferioridade das mulheres e as suas implicações na vida quotidiana das mulheres. A dominação masculina é um facto que se manifesta sobretudo na linguagem estereotipada - a cela- va-de-soi - ou seja, no repertório verbal da opinião comum.
Autorenporträt
Sr. Willy NGENDAKUMANA Willy, nacido en Ntaho el 01/04/1971, es Profesor de Lingüística y Doctor en Lenguas y Literatura por la Universidad Católica de Lovaina y la Universidad de Burundi.