A cabaça da espinha (Momordica dioica Roxb.) é uma cultura hortícola diócea, perene e pouco explorada, importante do ponto de vista medicinal e económico. Pertence à família das Cucurbitáceas com número de cromossomas (2n = 28), do género Momordica. As cabaças de espinha não foram objeto de trabalhos de investigação sistémica para compreender a arquitetura genética e desenvolver um programa de melhoramento. Por outro lado, por falta de informação sobre a variabilidade genética, a cultura não foi explorada em toda a sua extensão e, por isso, não se registaram melhorias apreciáveis em termos de rendimento e qualidade. A estimativa dos parâmetros genéticos é necessária para compreender a arquitetura genética do rendimento e dos componentes que contribuem para o rendimento. O êxito de qualquer programa de melhoramento depende do quantum de variabilidade genética a explorar, do coeficiente de variação genética, das estimativas de hereditariedade, do avanço genético e das correlações entre diferentes características e a produção de frutos. É necessário melhorar o potencial de rendimento da cultura e torná-la mais aceitável para a população indígena.