Este estudo discute a expansão do ensino superior no Brasil e analisa seu desenvolvimento ao longo da história à luz dos conceitos de profissão e do processo de profissionalização de Friedson (1994) e Larson (1977), principalmente. Apresenta a série histórica do processo de profissionalização da fisioterapia e da expansão dos cursos de graduação e mostra como a educação superior pode produzir desigualdades a partir das diferentes condições de oportunidades de acesso. A expansão do ensino superior a partir do final dos anos 90 no Brasil produziu grande contingente de fisioterapeutas aumentando a taxa de ocupação em postos de trabalho e a produção científica da área, mas não na mesma proporção, gerando consequências para a profissão. Estudo empírico demonstrou que profissionais e acadêmicos percebem o mercado de trabalho saturado e a redução das oportunidades de emprego para a categoria, entretanto observa-se que há um aumento da diversificação das áreas de atuação para este profissional, assim como o aumento do número de entidades representativas e da participação junto aos órgãos decisórios de políticas públicas que possam favorecer a atuação do fisioterapeuta.