Numa época de globalização, de desaparecimento de fronteiras e de fluxos migratórios cada vez maiores desde o século XX, os terapeutas da fala estão cada vez mais expostos a populações bilingues com diversas perturbações cognitivas e comunicativas, entre as quais a afasia. A grande variabilidade das perturbações daí resultantes e a pluralidade do bilinguismo fazem da afasia bilingue uma entidade clínica particular, que não pode ser resumida a um único tratamento. Assim, procurámos identificar os factores que podem contribuir para a transferência dos efeitos terapêuticos da língua reabilitada para a língua não reabilitada. Para o efeito, uma pesquisa bibliométrica conduziu à seleção, leitura e análise qualitativa de vinte e seis artigos científicos. O estatuto da língua tratada, a proximidade tipológica das línguas, a natureza da terapia e a natureza dos elementos incluídos no protocolo terapêutico são os principais factores sobre os quais é possível agir na esperança de favorecer esta transferência.
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