O presente trabalho tem como objetivo principal a abordagem interpretativa da parte da clarineta na Fantasia concertante para piano, clarineta e fagote, de Heitor Villa-Lobos. Inicialmente apresenta-se a história da clarineta, desde sua criação até o emprego dos instrumentos em diferentes tonalidades pertencentes à sua família. Pelo exame de variadas fontes históricas, delineia-se um perfil característico do compositor quanto à escolha do tipo de clarineta para a execução de suas principais obras de câmara. Efetua-se a análise estrutural e abordagem interpretativa concomitantemente, em busca de um diálogo com as literaturas de referência e o exercício prático, para a comprovação da viabilidade e da eficácia na execução. Constatadas as diferenças de notas e articulações pela revisão do manuscrito e da partitura, elabora-se a edição prática da parte da clarineta, considerando sua afinação em Lá.