O medicamento utilizado por uma população urbana para diferentes fins, incluindo os terapêuticos, torna-se um poluente quando entra num ecossistema natural, altera o seu equilíbrio, afecta a sua saúde e transforma um ambiente que fornece recursos naturais (água e alimentos de origem vegetal e animal) num perigo para a saúde humana. A farmacovigilância torna-se uma ferramenta útil para a Medicina Ecológica, que, ao cuidar da saúde do ambiente, cuida da saúde da população, crónica e inadvertidamente exposta a moléculas biologicamente activas. Este trabalho inicia o estudo da farmacovigilância na bacia hidrográfica do Salí Dulce, com a deteção de modificações no estado de saúde deste ecossistema que põem em perigo a biodiversidade, a sustentabilidade e a saúde humana; para depois procurar a presença de moléculas orgânicas não biodegradáveis como potenciais ingredientes farmacêuticos activos (APIs).