Nesta obra temos duas histórias que se entrecruzam na Primeira República Brasileira ( 1889-1930): a de um dos maiores empresários e investidores em todos os tempos do país sul-americano e as políticas financeiras e econômicas daquele país. Percival Farquhar era um Rockfeller latino- americano em plena expansão do capitalismo dos fins do séc.XIX e início do XX. Espalhou seus negócios por vários países da América, adquiriu fortunas tão volumosas quanto os inimigos por onde passou. Como o capitão quacre de Moby Dick, ele elegeu sua baleia de cabeça branca: o Brasil. Nas terras abaixo do Equador construiu um Império de negócios de Norte a Sul. Ergueu de portos a frigoríficos, de hotéis a milhares quilômetros de ferrovias. Parte dessa história só foi possível pelas políticas financeiras adotadas pelo país desde o final do século XIX. Empréstimos estrangeiros, garantia de juros para investimentos em ferrovias e políticas monetárias restritivas. O mentor dessas medidas era Joaquim Murtinho, um homeopata que adotou o remédio amargo, tantas vezes repetido na História do Brasil, mesmo quase um século após o desaparecimento de Farquhar e Murtinho.