Após 30 anos do surgimento da Aids, apresentamos o perfil da epidemia com o aumento de mulheres contaminadas repercutindo em sua saúde reprodutiva. Esta mulher-gestante necessita de cuidados e acompanhamento evitando a transmissão vertical do vírus, como não amamentar, por exemplo. Por outro lado, o desenvolvimento de políticas públicas e investimentos nas áreas da Saúde da Mulher e da Criança apontam o aleitamento materno como destaque para a diminuição da mortalidade infantil. Esta obra convida o leitor para uma revisão destes dois cenários e apresenta o resultado de uma pesquisa qualitativa desenvolvida em 2011 durante o Mestrado em Enfermagem, Saúde e Sociedade cujo objeto foi a percepção da enfermeira sobre a prática do aleitamento materno no contexto da feminilização da Aids. As mudanças no assistir das enfermeiras relacionam-se com políticas públicas voltadas para a mulher/criança/amamentação e HIV, porém, os aspectos pessoais ainda interferem na prática destas profissionais. Este livro reforça o repensar de estratégias que possam diminuir a divergência destas políticas públicas e a necessidade de maiores investimentos em capacitação profissional.