Este livro que mostra, sem julgamentos de valor, como o jovem pensa e se sente frente ao desabrochar da sexualidade, foi originalmente dissertação de mestrado com o título Travessia: uma leitura semiótico-psicanalítica do discurso do jovem sobre as relações amorosas. Travessia, palavra pescada na obra de Freud e de Guimarães Rosa. Travessia de um túnel, de um rio, de uma fase de vida a outra. O fenômeno do "ficar" entre os jovens, como vivência e experimentação do outro sem compromisso, aparece como ponte/travessia de um tempo em que o corpo desejante é um imperativo na direção do outro, mas ainda tudo é novo e assustador, para um outro tempo onde se pode amar e relacionar verdadeiramente. Nesta configuração o "ficar" (relacionamento de curta duração e sem compromisso) traz menos receios do que namorar e serve como ponte de experimentação. O desconhecimento de si mesmo e do outro provoca ansiedade e medo que só a experiência vai diluir, trazendo segurança e capacidade de entrega onde um se compromete com o outro. Mas nesse início o que se busca é uma forma de satisfação de desejo num ambiente de liberdade, onde o outro é visto mais como um corpo, e menos como sujeito.
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