Na linguagem corrente, costumamos fazer duas perguntas que indicam, de uma forma geral, o que se entende normalmente em relação à actividade mental, ou seja, quando perguntamos a alguém o que lhe vai na mente, ou o que se passa na sua cabeça? A primeira pergunta assume um reconhecimento implícito de faculdades mentais como o pensamento, a memória, a imaginação, etc., com cujas operações todos estamos familiarizados; e a segunda pergunta assume que existe um lugar onde essas faculdades estariam de alguma forma localizadas, isto é, na cabeça. Contudo, este conhecimento comum é vago e impreciso, na tentativa de explicar a origem, consistência, características e qualidades dos fenômenos mentais, mas sobretudo na tentativa de definir o que seria a própria mente, já que não pode distinguir claramente estes fenômenos mentais daqueles que corresponderiam a noções como "alma", "consciência", "ego", "cérebro", etc.