O meu fascínio pelas cadeias de valor e pelo desenvolvimento da cadeia de valor começou quando participei no Fórum Agribanks em Nairobi, no Quénia. Uma apresentação feita por um representante da FAO, o Sr. Calvin Miller, que mais tarde se tornou meu professor universitário, impressionou pela ideia e pelos conceitos de desenvolvimento da cadeia de valor e pelas opções que oferece para o financiamento de micro, pequenas e médias empresas envolvidas em várias fases da produção de produtos de base, desde a sua conceção até à sua concretização. As cadeias de valor debatidas nessa altura e antes disso eram os produtos de base físicos, principalmente os produtos agrícolas. Mais tarde, vi alguns trabalhos de peritos do Banco Mundial e da Development Alternatives Inc. (DAI) que abordavam a ideia de cadeias de valor de serviços, como no turismo, o que me fascinou ainda mais e alargou a minha perspetiva sobre as cadeias de valor e sobre a forma como o conceito pode ser utilizado para analisar os constrangimentos e as oportunidades existentes em vários sectores agrícolas, industriais e de serviços. Foi isso que me levou a aventurar-me no sector do turismo de Cabo Verde e a focar o cluster do Fogo em particular para este trabalho. Foi um trabalho muito estimulante, repleto de grandes conhecimentos, do qual beneficiei pessoal e profissionalmente.