Este trabalho examina e avalia criticamente a proposta de que as propriedades fenomenais, ou as qualidades subjetivas da experiência, apresentam um desafio formidável para a teoria da identidade corpo-mente. O fisicalismo per se é interpretado como estando onticamente comprometido apenas com fenômenos que podem ser tornados epistemicamente e cognitivamente disponíveis na terceira pessoa; observado e compreendido de dentro de um quadro objetivo de referência. Além disso, a relação de identidade entre o mental e o físico é considerada uma identidade estrita; os fenômenos mentais em questão são apenas os fenômenos físicos sobre os quais, ex hipotese, eles ocorrem. O problema das propriedades fenomenais tem duas vertentes básicas. O primeiro é o problema de como eles estão causalmente relacionados ao físico; se eles não são fenômenos físicos, por qual mecanismo causal eles podem estar relacionados aos fenômenos físicos? Uma das considerações motivadoras que levaram à tese da identidade foi que ela parecia remover esse problema. Nosso interesse, entretanto, é avaliar os argumentos que pretendem estabelecer que as propriedades fenomenais são, de fato, distintas das físicas.