Desenvolvimento Sustentável e Amazônia formam equação interdependente. Aqui se busca refletir sobre a capacidade de integração de forças antagônicas e concorrenciais ¿ econômicas, políticas, culturais, históricas, mitológicas ¿ nas políticas públicas em prol da sustentabilidade da região. Entende-se que a construção social do desenvolvimento sustentável na Amazônia é praxis regulada por sistema paradoxal uno e múltiplo, organizado por relações dialógicas entre dois subsistemas auto-organizados por retrointerações contínuas entre a utopia realista que anima a construção social e a pluralidade de atores sociais nela presentes. Atores sociais vivos, que expressam interesses, lógicas e representações sociais antagônicas e concorrentes que definem os acontecimentos mais ou menos favoráveis à (in)sustentabilidade amazônica. A capacidade das políticas públicas em prol do desenvolvimento sustentável na Amazônia depende de mudanças nas lógicas de planejamento e dos processos decisórios. Ambas mudanças estão tecidas na capacidade estratégica de gestão dos conflitos sociais, nunca totalmente elimináveis. Pensar a respeito disso requer uma racionalidade complexa.