A partir de considerações sobre as vertentes críticas que abordam a obra de Florbela Espanca, Jussara Neves Rezende apresenta seu novo olhar sobre a poética da escritora portuguesa, sob o qual rebate as análises que a desvinculam da produção literária de seu tempo, apontando o caráter factício de sua obra cheia de retratos, poses, máscaras e artifícios que, característicos das vanguardas do início do século XX, identificam a escritora como perfeitamente integrada ao espírito da modernidade. Nesse sentido, a autora lança luz sobre alguns dos autorretratos que o sujeito lírico-feminino da poesia de Florbela Espanca apresenta ao seu leitor.