Enquanto Schoenberg considerou Brahms um ¿progressistä, parte de seus contemporâneos ¿ por exemplo, Wagner ¿ o classificava como conservador. A razão para tal rótulo era o apreço que Brahms tinha pelas formas clássicas e barrocas. Diferente dos outros românticos, estatisticamente o allegro de sonata é a forma mais recorrente em todos os movimentos de sua obra. Além disso, chegou a dominar com maestria a arte de escrever fugas, cânones e outros gêneros barrocos, incorporando-os na sua linguagem musical com naturalidade. Este trabalho vem apresentar como a obra pianística de Brahms se situa perante seus contemporâneos ¿ mais especificamente com relação à forma ¿ e quais as motivações pessoais e sociais que o fizeram adotar essa postura estética. Um breve resumo de suas obras é apresentado seguido de uma análise das Variações sobre um tema de Haendel para demonstrar como sua obra dialoga com o arcaico e o moderno, sendo ao mesmo tempo antiga, clássica e romântica.