O presente livro se baseia na concepção metodológica denominada Zona Pessoal Cotidiana (ZPC), proposta por Gabriel (2005), a qual é aqui ampliada para caso de imigrantes. A ZPC é o espaço onde a pessoa vive o seu cotidiano. Se divide na sua representação espacial em pontos de consistência (casa, trabalho, escola, etc.), trilhas psicológicas (caminhadas urbanas) e fragmentos espaciais promovidos pelos módulos de ligação (carros, metrô, ônibus, etc.). Em casos de imigrantes, observa-se ainda a inserção de pontos de resistência, sendo estes os lugares onde os estrangeiros interagem com uma organização espacial e social similar ao país ou à cultura de origem. Na pesquisa procuram-se padrões espaciais cotidianos de japoneses e holandeses no município de Castro, uma cidade no interior do Paraná com um forte impacto de imigração durante o século XX. Esta cidade, por ser antiga, conservadora e pequena, evidencia assim o tradicional local, se confrontando com as resistências culturais de holandeses e japoneses dentro de um contexto Geo-histórico importante para o Estado do Paraná.
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