Com o advento do turismo espacial, as viagens espaciais materializaram-se como um novo e excitante potencial de negócio, hospitalidade, medicina e tecnologia nos próximos anos. No entanto, os dados actuais sobre a saúde humana no espaço são limitados, especialmente no que diz respeito às viagens espaciais de curta e longa duração. Esta revisão sintetiza os desenvolvimentos em todo o continuum da saúde no espaço, incluindo estudos anteriores e dados não publicados da NASA, da ESA, da agência espacial japonesa, da agência espacial chinesa e da agência espacial dos Emirados Árabes Unidos relacionados com cada sistema de órgãos individual e exames médicos antes e durante as viagens espaciais. Categorizámos o ambiente extraterrestre em processos exógenos (por exemplo, radiação espacial e microgravidade) e endógenos (por exemplo, alterações nos ritmos circadianos humanos naturais e na saúde mental devido ao confinamento, isolamento, imobilização e falta de interação social) e os seus vários efeitos na saúde humana. O objetivo desta revisão é explorar os potenciais desafios de saúde associados às viagens espaciais e a forma como podem ser abordados para permitir novos paradigmas para a saúde espacial, bem como a utilização de robótica e baseada em Inteligência Artificial (IA) emergentes.