Este trabalho examina a natureza da RSE contemporânea no contexto das formas de governação empresarial essencialmente neoliberais que se elevaram ao domínio nos últimos anos. Identifica e separa, para fins analíticos, uma série de barreiras interligadas mas distinguíveis que tornam ineficazes as práticas de RSE das multinacionais - barreiras ideológicas, práticas e políticas. Sugere que estas barreiras, enraizadas principalmente no modelo anglo-americano de valor accionista neoliberal de governação empresarial, militam contra a realização de uma RSE eficaz, tanto na Nigéria especificamente como, talvez de forma mais geral. Argumenta que dado o actual domínio do modelo de governação empresarial de "maximização do valor accionista" - tanto na Nigéria como internacionalmente - não será aconselhável depositar demasiadas esperanças na RSE como solução para os problemas da região. Nem a cultura das empresas, nem as pressões a que estão actualmente sujeitas encorajam um comportamento socialmente responsável. Conclui com o argumento de que a existência e o funcionamento destas barreiras tornam ineficazes as práticas de RSE dos PTMs na região.