Doenças infectocontagiosas ainda ocupam um importante lugar no perfil patológico brasileiro. No entanto, estudos sobre as enfermidades, em particular a hanseníase, restringem-se, quase exclusivamente, à dimensão biomédica ou clínica. Portanto são escassos os trabalhos que abordam a hanseníase na perspectiva sociocultural, especialmente no Brasil. Assim, sabe-se mais sobre a doença do que sobre o doente. Pois o fato das informações se restringirem ao campo biomédico, ao que parece, prejudica o tratamento e a cura. Haja vista a hanseníase ser uma doença que, entre outros sintomas, afeta, de modo substancial, a identidade social do paciente, tendo em vista o aspecto estigmatizante da enfermidade. O referido trabalho entre outras questões se propõe a permitir aos estudantes, pesquisadores de graduação e pós-graduação das Ciências Sociais, Saúde Coletiva e áreas afins, uma leitura mais ampliada e atualizada sobre as complexidades que envolvem as relações entre sociedade, estigma e hanseníase.