Este livro pretende dar uma visão geral da MIH, desde a sua etiologia às opções de tratamento em pacientes jovens. O esmalte dentário é o tecido duro que uma vez formado não é remodelado, ao contrário de outros tecidos duros como o osso. Devido à sua natureza não remodeladora, as alterações do esmalte durante a sua formação são permanentemente registadas na superfície do dente. Um desses defeitos de desenvolvimento do esmalte é a Hipomineralização do Incisivo Molar (MIH). A MIH é a condição de opacidades demarcadas do esmalte de vários tamanhos e cores de origem sistémica que afectam um ou mais primeiros molares permanentes (FPMs), frequentemente associados a incisivos permanentes. Os dentes afectados podem sofrer ruptura pós eruptiva sob a influência de forças mastigatórias devido ao esmalte mole e poroso, que posteriormente resulta em cavidades atípicas ou mesmo em desintegração coronal completa. A MIH é comum, e como tal deve ser diagnosticada e gerida nos cuidados primários sempre que possível. O diagnóstico precoce pode levar a uma gestão mais eficaz e conservadora.